quarta-feira, 7 de julho de 2010

Que não encaremos o caso Bruno como ato isolado.

Hoje é um dia de tristeza para o futebol brasileiro. Não bastasse a perca da Copa do Mundo na África do Sul, enfrentamos agora uma completa inversão de valores fora dos gramados. Não vamos encarar o caso Bruno como ato isolado e que só ocorre dentro do Flamengo. Se continuar assim, os clubes vão ter que adotar o projeto "ficha limpa" e certamente haverá times que não conseguirá nem 11 jogadores. Infelizmente o Caso Bruno é mais um retrato de um universo de glória e fortuna, mas que precisa de uma faxina moral urgente.
Infelizmente o Flamengo esse ano só saiu nas manchetes policiais. Não ganhamos nenhum título. Os ídolos de hoje não são como os ídolos de antigamente, dúvido se alguém já viu Zico, Júnior, Andrade e compania em notícias como essas veiculadas na mídia no decorrer de 2010.
Embora manche a imagem da instituição do Flamengo, vale a pena ressaltar que o maior perdedor nessa história toda não foi o clube, nem a torcida, e sim, o próprio goleiro Bruno que encerra hoje a sua carreira. Esse goleiro nunca foi "flor que se cheire", marrento, sem humildade, polêmico, machista, tosco em suas declarações.
Não nego que o goleiro Bruno até então era um dos meus ídolos, o maior pegador de pênaltis da atualidade, com potencial a nível de seleção brasileira, um dos goleiros mais bem pagos do Brasil e fez questão de acabar sua carreira assim... De forma desumana, cruel, covarde...
Não cabe à mim fazer tal julgamento, e sim, a justiça. É certo que as torcidas rivais já estão preparando seus gritos de ironia para o brasileirão... Não podemos responsabilizar o Flamengo por isso, o Clube de Regatas Flamengo não tem culpa pela imbecilidade do seu funcionário. Não cabe ao clube designar uma babá para tomar de conta de um marmanjo o dia inteiro. No entanto, passou da hora dos clubes exigirem profissionalismo de quem recebe salários. A culpa é do Estado, da sociedade, dos dirigentes que passam a mão na cabeça de jogadores que deveriam ser trabalhadores normais que cumprem com suas obrigações, das autoridades que não criam leis para acabar com a impunidade do país. Bandidos organizados que recebem o nome de "torcidas organizadas" para destruir patrimônios públicos, ameaçam jogadores, matam outras pessoas e não acontece nada. Jogador de futebol usa drogas e recebe uma pena ridícula, ficam bêbados, atropelam e matam gente, frequentam festas pesadas em favelas, "presenteiam mãe" de traficante como se uma senhora andasse em uma moto de 600 cilindradas, tiram fotos com fuzis e não acontece nada. Se esses jogadores recebecem punição pelos seus atos, ia fazer com que os outros pensassem antes de cometer um ato fora da lei. Mas como nunca acontece nada, eles acham que podem fazer tudo, inclusive matar...
No ínicio da acusação eu acreditava que Bruno não teria cometido esse crime... Como eu disse antes, prefiro deixar o julgamento para a justiça. Caso ele seja o assassino, podemos considerá-lo um monstro: treinando na Gávea como se nada tivesse acontecido, rindo, brincando e quando foi abordado por jornalistas disse que um dia iria ri muito dessa história toda. É difícil de imaginar um ser humano ter tamanha frieza. Vamos rezar para o filho de Bruno que não tem culpa de nada. Filho este que teve mãe prostituta, avô estuprador e com grandes chances de ter um pai assassino da própria mãe...
Isso tudo não passa de um problema social e de educação!
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Esse não seria o texto que queria para dá íncio ao meu Blog. Espero escrever coisas melhores e de bom uso para o nosso dia-a-dia.
Em breve várias dicas de informática! Até a próxima postagem!